A consulta pediátrica no pré-natal acontece quando o bebê ainda está na barriga da mãe. É recomendada que a consulta com o pediatra ocorra no terceiro trimestre (por volta da 32ª semana), com a finalidade de ofertar, desde a gestação, cuidados à saúde materna e consequentemente ao bebê.
A importância desta consulta inicial está na orientação fornecidas às mães sobre os cuidados com o recém-nascido nos primeiros dias de vida. “Esta consulta reduz medos e apreensões da família em relação à chegada do bebê, por antecipar informações para resolver situações do cotidiano dos bebês. Oferecer suporte apropriado aos pais e cuidadores é um dos objetivos desta consulta”, explica a neonatologista Camila Stolz, integrante do Grupo Berçar.
O que acontece na consulta com a gestante?
A consulta na gestação favorece a construção do vínculo do pediatra com a família, o que pode impactar positivamente a puericultura e suas medidas de prevenção e promoção da saúde. A neonatologista Camila Stolz lista a seguir algumas recomendações para a realização desta consulta:
- A gestante deve comparecer acompanhada de quem compartilhará com ela os cuidados e a responsabilidade com o bebê, seja o (a) companheiro (a) ou outro membro da família;
- Levar toda a documentação da gestação: o cartão de pré-natal, o cartão de vacinação da gestante, os resultados dos exames complementares realizados (laboratoriais e de imagem) e prescrições de fármacos em uso.
Temas da primeira consulta com o pediatra
- Intercorrências no pré-natal;
- Vias de parto;
- Assistência pediátrica em sala de parto;
- Aleitamento materno;
- Testes de triagem neonatal;
- Impacto do nascimento da criança para a família;
- Aspectos gerais sobre os cuidados com o recém-nascido;
- Segurança da criança;
- Orientação sobre a realização da primeira consulta de puericultura dentro da primeira semana de vida;
- Dúvidas da família sobre outras demandas.
Indicações da primeira consulta
A consulta pediátrica no pré-natal deve ser realizada por todas as gestantes, não se restringindo à gestação de alto risco. Algumas situações, no entanto, podem aumentar o risco de complicações fetais e neonatais e tornam imprescindível a realização desta consulta:
- Gestação em idade precoce (menor que 16 anos) ou tardia (maior que 35 anos);
- Gemelaridade;
- Risco para prematuridade;
- História de aborto espontâneo anterior, óbito fetal ou neonatal;
- Diagnóstico pré-natal de malformações fetais e/ou de síndromes genéticas;
- Condições maternas de risco para restrição de crescimento intrauterino (RCIU) e para aumento de morbimortalidade do feto e/ou o recém-nascido(alcoolismo, tabagismo, uso de drogas injetáveis, uso crônico de medicamentos, acidentes e traumas, exposição à radiação, sorologias maternas positivas para patógenos de possível transmissão vertical);
- Doenças maternas prévias ou intercorrentes (cardiopatias, hipertensão arterial sistêmica (HAS), nefropatias, alterações neurológicas, hematológicas, nutricionais ou metabólicas, infecções sintomáticas ou assintomáticas com soroconversão na gestação);
- Situações que envolvam riscos para o parto: posições anômalas (pélvica ou transversa), descolamento prematuro de placenta.
Saiba tudo sobre:
Aleitamento materno:
- Recomendações Uteis para a Manutenção do Aleitamento Materno em Mães que trabalham fora do Lar ou estudam
- Direitos da Mulher Trabalhadora: na Gravidez, no Pós-Parto e Durante o Aleitamento Materno
- Cartilha para a Mãe Trabalhadora que amamenta
- Como Ajudar as Mães a Amamentar
- Desmame: Fatos e Mitos
- Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê