Como podemos ajudar?

Os primeiros mil dias de vida (desde a concepção até os dois anos de idade) são decisivos para a definição da saúde da criança.

É nesse período que a morbimortalidade infantil pode ser reduzida por intervenções adequadas do sistema de saúde, da família, do obstetra e do pediatra por ações básicas como acesso a um pré-natal estruturado, nutrição adequada na gestação, suplementação de ferro e de ácido fólico, realização de exames, assistência médica para o parto, neonatologista em sala de parto e acompanhamento de puericultura desde a primeira semana de vida pós-natal.

Nesse sentido, três causas guiam a atuação do Grupo Berçar:

  • Promoção da saúde materno-infantil e do protagonismo infantil;
  • Respeito à primeira hora de vida;
  • Mães e bebês felizes.

O que fazemos?

CONSULTA PEDIÁTRICA PRÉ-NATAL

A inserção do  neonatologista no terceiro trimestre do pré-natal representa uma oportunidade de antecipação de riscos e um dos pilares da tríade para redução da morbimortalidade neonatal, juntamente com a assistência ao recém-nascido  em sala de parto e a consulta pós-natal dentro da primeira semana de vida. A consulta deve ser realizada rotineiramente para todas as gestantes, não se restringindo à classificação de gestação de alto risco. Apesar da consulta pediátrica pré-natal estar embasada em evidências na literatura, esta consulta ainda não é uma realidade na rotina da maioria dos especialistas. Alguns motivos podem ser apontados para a baixa realização dessa intervenção: o desconhecimento da população sobre essa consulta, o que dificulta a busca espontânea; a falta de encaminhamento das gestantes pelos obstetras; e a não inclusão nas rotinas do Sistema Único de Saúde (SUS) e na tabela de honorários da maioria dos planos de saúde. 

ATENDIMENTO NA SALA DE PARTO

A escolha da maternidade deve levar em conta as informações sobre as salas de parto disponíveis no local. A escolha deve considerar o tipo de parto que a mãe deseja ter, o ambiente oferecido para a gestante e os recursos disponibilizados para receber bem tanto a mãe como o bebê recém-nascido.

A sala de parto ideal para parto normal deve ter espaço para a mulher caminhar, um banheiro exclusivo, com chuveiro, banheira (ficar imersa em água quente é um método analgésico para a mãe), cama mais confortável e larga (para que a gestante consiga mudar de posição), luzes baixas, bola para exercícios, banqueta (cavalinho) e acessórios que ajudam o trabalho de parto, dão mais conforto e privacidade.

Apesar de não serem salas de cirurgia, precisam ter monitoramento cardíaco e respiratório, incubadora, remédios – como ocitocina e para hemorragia – e mecanismos para reanimação neonatal, para casos de emergência. A sala de parto para parto cesárea é um centro obstétrico com toda a instrumentalização para uma cirurgia. Tem mesa cirúrgica (uma maca de aço), iluminação branca em cima, aparelhos para monitoramento cardíaco-pulmonar, onde a mãe pode ser submetida a anestesia e até intubação, se necessário. Em geral, conta com um berço aquecido para procedimentos com o bebê. É indicada para a cesariana ou para situações de alto risco obstétrico.

Equipe que deve compor a sala de parto

 

  • Pai ou acompanhante indicado pela gestante;
  • Obstetra;
  • Obstetra auxiliar;
  • Enfermeira obstétrica;
  • Anestesista;
  • Neonatologista.

A presença do neonatologista na sala de parto é essencial, pois ele é o profissional  preparado para realizar um atendimento humanizado, personalizado e exclusivo para o recém-nascido. Somos nós que auxiliamos para que a hora dourada (primeira hora após o nascimento) seja respeitada, incentivando o contato pele-a-pele, o clampeamento tardio do cordão umbilical e a amamentação na primeira hora de vida. Nos casos de urgência, onde há a necessidade de alguma intervenção de reanimação para o recém-nascido, o neonatologista é o profissional indicado para atuar nessa situação.

PUERICULTURA

A palavra puericultura encerra, na verdade o conceito de cultura da infância, da qual emana o compromisso científico e assistencial da pediatria. O Ministério da Saúde sugere um calendário mínimo de consultas de puericultura. O Grupo Berçar realiza a primeira consulta em até sete dias, após a alta hospitalar, e depois consultas mensais até o 1º ano de vida. Entre os cuidados oferecidos pelo neonatologista neste período estão orientações sobre aleitamento materno, vigilância da curva peso/altura, vacinação, prevenção de acidentes e pediatria comportamental. Além de difundir os cuidados básicos com o recém-nascido, por meio do exame físico da criança e conversas com os pais, o neonatologista busca avaliar a normalidade do desenvolvimento, estabelece diagnósticos e, conforme o caso, recomenda exames complementares.

ACONSELHAMENTO EM ALEITAMENTO MATERNO

O pediatra faz a diferença para a saúde do bebê e para a mãe. Mães e famílias estimulados pelo protagonismo do pediatra, por meio do aconselhamento em aleitamento materno, podem incentivar outras mulheres a amamentar e a procurar orientação profissional. O pediatra, ao praticar o aconselhamento em todas as consultas envolvendo o aleitamento materno, auxilia mulheres e famílias a tomarem decisões informadas. O aconselhamento em aleitamento materno (que não significa dar conselhos) favorece uma boa comunicação, indispensável para um atendimento eficiente. São técnicas utilizadas no aconselhamento, entre outras: ouvir muito, mostrar empatia, não julgar, aceitar e respeitar os sentimentos e opiniões de outros, dar sugestões em vez de ordens e elogiar.Nesse movimento em prol da vida, os pediatras também orientam sobre doação de leite materno e bancos de leite. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) , as crianças com até seis meses de vida devem ser alimentadas exclusivamente com leite materno, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais e medicamentos. Após os seis meses, o aleitamento deve ser  complementado com outros alimentos de forma oportuna e saudável até os dois anos ou mais.

ACONSELHAMENTO EM INTRODUÇÃO ALIMENTAR

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) recomendam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, sem qualquer outro alimento líquido (água, sucos, chás e leites) ou sólidos. Depois do sexto mês de vida, o leite materno não é capaz de, sozinho, garantir todos os nutrientes que o bebê precisa, especialmente o ferro, o que pode causar anemia na criança, por isso, outros alimentos são necessários para complementar a alimentação. Novos alimentos como frutas e papas principais devem ser introduzidos, preferencialmente a partir dos 6 meses de vida. Essa idade é a mais recomendada para introdução de novos alimentos pois, antes dela, o sistema digestivo ainda não está preparado para digerir outros alimentos, além do leite materno. É nessa idade, também, que o sistema imunológico da criança estará mais forte para combater eventuais infecções ou alergias decorrentes da introdução precoce de novos alimentos. O papel do pediatra neonatologista aqui é fundamental, pois após os seis meses, além do leite materno, devem ser introduzidos, aos poucos, outros alimentos. Orienta-se que, desde a primeira papa, a refeição deve conter cereais ou tubérculos, proteína vegetal ou leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão de bico), proteína animal (todos os tipos de carnes, vísceras e ovos), hortaliças (verduras de folhas e legumes), que devem ser temperados com salsa, cebolinha, alecrim, manjericão, sem adição de sal. Da mesma forma, não há indicação de açúcar simples antes do segundo ano de vida, e mesmo após esta idade, o consumo deve ser esporádico e não rotineiro. Reitera-se a importância de que toda criança seja acompanhada pelo pediatra, de modo sistemático, durante a introdução alimentar.

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